Nefrite
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Nefrite (do grego - nephrós - rim + itis - inflamação, pelo latim nephrite), também chamada nefroflegmasia (forma em desuso), consiste na inflamação dos rins, responsável por metade dos problemas renais[1]. (CID 10 N12).
Resulta de processo de inflamação disseminado no Nefron que podem atingir os glomérulos (estrutura renal em forma de novelo e responsável pelo trabalho de filtração neste órgão[2]) (Glomerulonefrite), e tem por base uma reação imunológica ou outra infecção (como na pielonefrite)[3]
Índice
[esconder]
1 Etiologia
2 Formas, intensidade e gradações
3 Tipos de nefrite
4 Sintomatologia
5 Prognose
6 Terapia
7 Referências
8 Veja também
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[editar] Etiologia
Dentre as causas da nefrite a principal é o fenômeno imunológico, excessivo e anormal, quer decorrente de uma infecção, quer decorrente do processo de reação do organismo aos antígenos (corpos estranhos): atacados pelos mecanismos de defesa somáticos - anticorpos - ambos são transformados num complexo solúvel que, levados pela circulação sangüínea, se precipitam nos rins[1], especialmente nos glomérulos, que então sofre lesões inflamatórias (chamada, então, de Glomerulonefrite) e ainda os túbulos, os tecidos em torno dos glomérulos (chamados de tubulointersticiais) ou os vasos (chamando-se então vasculite). Esta reação anormal imunológica pode, além da precipitação nos rins, decorrer da presença do antígeno atacando o próprio órgão[3].
Destas causas infecciosas, podem decorrer de quaisquer microorganismos desencadeadores da reação imunológica anormal, tais como bactérias e vírus (como, por exemplo, do herpes)[1].
Das causas não infecciosas contam-se a reação imunológica medicamentosa a substâncias como o ouro, lítio e o captopril[1], substâncias similares à aspirina, a heroína e penicilamina[3] e ainda a doença em outras partes do organismo[1], dentre as quais o câncer, amiloidose, AIDS, diabetes, lúpus e outras[3].
[editar] Formas, intensidade e gradações
A nefrite pode ser aguda ou crônica. As lesões ocorridas podem ser mínimas ou tão intensas que provocam esclerose total da parte atingida - quanto maior a lesão, maiores as manifestações do quadro clínico do paciente e sua identificação laboratorial[1].
Em crianças, a forma aguda é curada entre 90 e 95% dos casos, percentual este reduzido nos adultos a 50%, quando então evoluem para a forma crônica[1].
A progressão da destruição da parte afetada pode ser rápida, ou evoluir devagar - sendo que a forma cronificada da doença pode demorar até décadas para chegar a destruir o rim. Se os sintomas persistirem por seis meses, tem-se a certeza de que a forma aguda tornou-se permanente, ou crônica.[1].
[editar] Tipos de nefrite
Conforme a parte renal afetada, a nefrite pode ser[3]:
Quando afeta os vasos sangüíneos:
Vasculite
Quando afeta os glomérulos:
Síndrome nefrítica aguda
Síndrome nefrítica rapidamente progressiva
Síndrome nefrótica
Síndrome nefrítica crônica
Quando afeta o tecido tubulointersticial:
Nefrite tubulointersticial aguda
Nefrite tubulointersticial crônica
[editar] Sintomatologia
Embora as diversas manifestações tenham sintomas diferentes e específicos, a nefrite tem como principais efeitos a diminuição do apetite, enjôo, vômito, cansaço extremo, insônia, coceira, pele seca e cãibras (principalmente à noite)[2], mas podendo até ser assintomática[3], em casos mais leves.
Nos casos crônicos, verifica-se a insuficiência renal crônica - sendo no Brasil a causa mais comum que leva à hemodiálise[2].
[editar] Prognose
O paciente relata diminuição da urina, esta apresenta-se sanguinolenta, edema ocular ou nas pernas e hipertensão, devendo o médico identificar a origem, se é ou não infecciosa. O diagnóstico é confirmado pela presença, na urina, de sangue (hematúria) e de proteína (proteinúria)[1].
[editar] Terapia
O tratamento varia consoante a causa primária. Nas infecções bacterianas das nefrites agudas, são suficientes o repouso e controle do excesso de água e sal, ou a ministração de antibióticos, se a infecção persiste[1].
Terminada a fase aguda, deve-se tratar a inflamação e visa a redução da formação do complexo antítgeno-anticorpo por meio de anti-inflamatórios.
Na fase crônica o tratamento objetiva a manutenção do estado presente, impedindo o aumento das lesões[1].
Em todos os casos, o médico é quem irá determinar o melhor tratamento.
Referências
1. ↑ 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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